Abra a Boca!Odontologia – Abra a Boca! http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br por Fábio Bibancos Thu, 12 Mar 2015 22:14:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 A melhor definição de amor vem de uma menina de cinco anos http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/23/a-melhor-definicao-de-amor-vem-de-uma-menina-de-cinco-anos/ http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/23/a-melhor-definicao-de-amor-vem-de-uma-menina-de-cinco-anos/#comments Mon, 23 Dec 2013 15:30:28 +0000 http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/?p=3468 Continue lendo →]]> Uma das grandes surpresas do ano para mim foi o livro “Casa de las estrellas, el universo contado por los niños”, do colombiano Javier Naranjo. Na verdade, o livro é de 1999, mas foi relançado com um estrondoso sucesso na Feira Internacional do Livro em Bogotá. Nele, você encontra 500 definições de crianças para 133 palavras que foram recolhidas por 10 anos entre alunos de várias escolas que o professor trabalhou.

No dicionário, por exemplo, adulto é uma “pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si” e camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos”.

O livro nos faz refletir sobre como nós, adultos, esquecemos dos significados das coisas, e no limite, da vida.

Lembrei disso tudo porque esta semana a minha amiga Angela Dip me mandou a definição de amor de uma criança de cinco anos. Ela não faz parte do livro, mas bem que poderia:

Sem título

Machado de Assis um dia disse que “a melhor definição de amor não vale um beijo”.

Pois eu acho que esta, se não vale um beijo, vale um sorriso.

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A odontologia na Fundação CASA (ou Estamos melhores que a Suécia) http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/20/a-odontologia-na-fundacao-casa-ou-estamos-melhores-que-a-suecia/ http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/20/a-odontologia-na-fundacao-casa-ou-estamos-melhores-que-a-suecia/#comments Fri, 20 Dec 2013 15:30:12 +0000 http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/?p=3464 Continue lendo →]]> Dia desses eu abri o site da Folha e encontrei a seguinte notícia: “Um homem fugiu do presídio onde estava preso, no sudoeste da Suécia, para tratar uma crise de dor de dente (…)”. (Clique aqui para ler na íntegra)

Achei curioso… e, claro, fiquei pensando: se na Suécia um cara precisa fugir do presídio para ter tratamento odontológico, imagina como não deve ser no Brasil?!

Eu e minha equipe fomos atrás de informações sobre a tal da Odontologia Carcerária – como o atendimento aos detentos é chamado no Brasil. E o que encontramos não foi muito animador. A área sofre das mesmas deficiências de todo o sistema penitenciário brasileiro: falta de infraestrutura adequada, falta de mão de obra especializada, excesso de demanda (superpopulação) etc.

Resolvemos, então, entrar em contato com alguém do meio. Pra entender direito a coisa toda. No pula-pula, chegamos à Dra. Ana Amélia Barbieri, dentista da Superintendência de Saúde da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) – o equivalente à antiga FEBEM.

Segundo a Dra. Ana, em todas as unidades da Fundação, os jovens têm acesso a tratamentos odontológicos… mais especificamente, à atenção básica – o que inclui restaurações, profilaxia simples, tratamentos de cárie e educação para saúde. Como se as unidades da instituição fossem pequenas UBSs do SUS. Todo mundo também têm acesso ao kit de higiene.

Quando o jovem é internado, ele passa por uma avaliação… um exame clínico. Se nenhuma intervenção for necessária ele recebe profilaxia, aplicação de flúor e aprende as técnicas de higienização. Caso contrário, ele passa a receber atendimentos regulares agendados (o mesmo acontece quando as auxiliares de enfermagem das unidades recebem queixas dos internos).

As consultas são realizadas nas próprias unidades, ou em ambulatórios construídos próximos a elas. Os consultórios são formados por cadeira odontológica, fotopolimerizador (utilizado nas restaurações), amalgamador capsular (para restauração/tratamento de cárie), autoclave (para esterilização), aparelho de profilaxia e ultrassom. Raios-X são exclusividade de algumas unidades de referência.

Caso haja necessidade de alguma especialidade (endodontia, ortodontia, tratamento periodontal de maior complexidade etc.), os jovens entram na fila de espera dos CEOs (Centro de Especialidades Odontológicas, mantidos pelos governos municipais).

Ao todo são 57 dentistas funcionários na instituição, cada um deles trabalhando 20 horas semanais e atendendo a uma demanda de até 180 adolescentes – “estamos sempre abaixo desse marco”. (Além deles, nas unidades em que a gestão é compartilhada com ONGs – como a Pastoral do Menor e a Pastoral Carcerária, por exemplo –, o tratamento é de responsabilidade dos parceiros). O número de consultórios e de dentistas depende da demanda de cada unidade.

A superintendência acompanha os atendimentos através das estatísticas de saúde, além de comprar materiais e equipamentos… e claro, gerenciar a sua manutenção.

Ainda segundo a Dra. Ana, a demanda é totalmente atendida e quase inexistem queixas sobre o atendimento odontológico. E se ela pudesse melhorar qualquer coisa da atual estrutura de atendimento, a resposta seria “aumentar educação em saúde”.

Ou seja, se o sueco lá de cima fosse um menor paulista, a história seria outra. Por isso, após a entrevista eu pensei em fazer meu tratamento odontológico na Fundação CASA.

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Imbra e o grande calote http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/19/imbra-e-o-grande-calote/ http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/19/imbra-e-o-grande-calote/#comments Thu, 19 Dec 2013 15:30:34 +0000 http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/?p=3459 Continue lendo →]]> Vocês se lembram da Imbra?!

[There is a video that cannot be displayed in this feed. Visit the blog entry to see the video.]

A Imbra foi uma das maiores cadeias de clínicas odontológicas do Brasil. E quando apareceu, em 2006, estava em todos os lugares… Era propaganda atrás de propaganda na televisão. Sempre com a promessa de tratamento de excelência a preço acessível. Resultado: muita gente achou que valia a pena arriscar! MUITA GENTE…

Funcionava assim: havia um orçamentista, que vendia tratamentos, e os profissionais (dentistas), que ganhavam por produção. Ou seja, quanto mais implantes e tratamentos complexos eles vendessem, mais lucravam – uma linha de produção odontológica!

Em outubro de 2010, a Imbra decretou falência… deixando uma dívida de mais de R$ 221 milhões, cerca de 25 mil pessoas sem atendimento e 2 mil funcionários sem pagamento – na época eles já deviam quase R$ 3 milhões em direitos trabalhistas!

Três anos depois eu me peguei pensando: E as pessoas que pagaram e não tiveram tratamento? E a dívida? Quem vai ser responsabilizado?

Ainda hoje há processos rolando contra a empresa – de pacientes (e grupos de pacientes) lesados e de todos os estados onde a Imbra operou. E até agora, muito pouca justiça foi feita.

Pesquisando sobre o assunto no Google, achei um grupo de discussão com o nome: “Fui lesado pela Imbra”.

Curioso, entrei em contato com uma dos participantes. D. (vou chamá-la assim). A sua história resume bem o que aconteceu – e em que pé andam os processos.

D. entregou diversos cheques pré-datados, num total de R$ 32 mil, pra fazer um tratamento completo de implante dentário. A primeira parte saiu conforme combinado. Entretanto, quando voltou para finalizar o tratamento, as portas da Imbra estavam fechadas. Ninguém atendia aos telefones, não havia nenhuma forma de contato…

Ela sustou os cheques pré-datados que não tinham sido depositados e pagou outro dentista pra terminar o trabalho. Mas como já havia perdido dinheiro, tudo ficou muito caro e ela só conseguiu colocar algumas próteses. Ou seja, ela perdeu os dentes e o dinheiro (algo em torno de R$15 mil).

E para piorar, o nome dela ainda ficou sujo na praça. É isso mesmo: a “dívida” dela foi passada pro Banco Cacique (a lei brasileira permite esse tipo de absurdo), que colocou seu nome no SPC, Serasa e afins… por um tratamento que não foi completado!!!!

Junto com um grupo de outras pessoas na mesma situação, D. procurou o CRO aqui em São Paulo e nem foi recebida. Tentou falar com a imprensa, mas o barulho já tinha passado e o caso “não era mais pauta”. Procurou advogado, mas não havia endereço ou nomes dos responsáveis para fazer um protesto.

E três anos depois, tudo continua na mesma… E ainda continuam existindo essas clínicas de televisão. CUIDADO!

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Dúvidas Odontológicas: Vamos falar sobre Sexo – e Boca! http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/18/duvidas-odontologicas-vamos-falar-sobre-sexo-e-boca/ http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/2013/12/18/duvidas-odontologicas-vamos-falar-sobre-sexo-e-boca/#comments Wed, 18 Dec 2013 15:30:22 +0000 http://abraaboca.blogfolha.uol.com.br/?p=3423 Continue lendo →]]> Eu sempre recebo um monte de perguntas dos leitores deste blog. Gente com dúvidas “odontológicas”: qual escova usar, qual pasta usar, qual tratamento é o mais indicado para determinado problema, qual o preço de um clareamento etc. etc. etc. E quase que espontaneamente eu as respondo – uma por uma.

Entretanto, tem tanta pergunta que se repete que a partir de agora eu vou passar a respondê-las abertamente. Afinal, a dúvida de uns é, com certeza, a dúvida de muitos.

E para começar com o pé direito, vamos falar sobre sexo! Desconfio que a proximidade do verão e, claro, das festas de fim de ano (entre elas, a tradicional “festa da firma”), ouricem os hormônios brasileiros. Não sei se há um estudo sobre o tema, mas tenho a impressão de que as pessoas transam mais nessa época do ano. Rs. Talvez por isso, a minha caixa de email esteja tão cheia de dúvidas sobre o assunto.

Vamos lá!

 É possível pegar alguma DST através da boca? (M. A., São Paulo/SP)

A boca é definitivamente um órgão sexual – alguém é capaz de negar essa informação?! E como os genitais e o ânus, ela também é revestida de uma mucosa.

Daí, quando entra em contato com os demais órgão sexuais, localizados em hemisférios distantes, é possível que ocorra a transmissão de vírus e micro-organismos causadores de doenças. Claro, se nesse “encontro de mucosas” houver alguma secreção contaminada (esperma, líquido vaginal, saliva etc.).

O incrível é que para que esse contágio aconteça não é preciso, obrigatoriamente, que haja feridas na boca. As mucosas têm uma enorme capacidade de absorção, podendo sorver para dentro, numa boa, uma série de micro-organismos.

Resultado: Sim, é possível adquirir doenças sexualmente transmissíveis pela boca. De herpes e mononucleose às mais perigosas, como HPV, sífilis, gonorreia e AIDS.

Como evitar o contágio?! Fazendo sexo seguro.

A camisinha, feminina ou masculina, não pode ser esquecida durante a prática do sexo oral. Há inclusive preservativos com sabor, que podem deixar o sexo oral mais seguro e divertido. No caso das mulheres, outro recurso para evitar o contágio é o uso de papel-filme – sim, aquele que serve para embrulhar alimentos na cozinha.

Sexo sem preservativo, só com parceiro fixo e no qual se confia – e, mesmo assim, vamos ser claros, os riscos só são descartados para valer quando os dois estão em dia com o check-up, seguros de que não têm nenhuma doença.

E depois de usar a camisinha para o sexo oral, ela não pode ser reaproveitada para a penetração, pois a saliva e os dentes podem ter danificado a borracha e isso nem sempre é visível. Use outra para continuar a brincadeira! E boas festas…

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