Eu sempre recebo um monte de perguntas dos leitores deste blog. Gente com dúvidas “odontológicas”: qual escova usar, qual pasta usar, qual tratamento é o mais indicado para determinado problema, qual o preço de um clareamento etc. etc. etc. E quase que espontaneamente eu as respondo – uma por uma.
Entretanto, tem tanta pergunta que se repete que a partir de agora eu vou passar a respondê-las abertamente. Afinal, a dúvida de uns é, com certeza, a dúvida de muitos.
E para começar com o pé direito, vamos falar sobre sexo! Desconfio que a proximidade do verão e, claro, das festas de fim de ano (entre elas, a tradicional “festa da firma”), ouricem os hormônios brasileiros. Não sei se há um estudo sobre o tema, mas tenho a impressão de que as pessoas transam mais nessa época do ano. Rs. Talvez por isso, a minha caixa de email esteja tão cheia de dúvidas sobre o assunto.
Vamos lá!
É possível pegar alguma DST através da boca? (M. A., São Paulo/SP)
A boca é definitivamente um órgão sexual – alguém é capaz de negar essa informação?! E como os genitais e o ânus, ela também é revestida de uma mucosa.
Daí, quando entra em contato com os demais órgão sexuais, localizados em hemisférios distantes, é possível que ocorra a transmissão de vírus e micro-organismos causadores de doenças. Claro, se nesse “encontro de mucosas” houver alguma secreção contaminada (esperma, líquido vaginal, saliva etc.).
O incrível é que para que esse contágio aconteça não é preciso, obrigatoriamente, que haja feridas na boca. As mucosas têm uma enorme capacidade de absorção, podendo sorver para dentro, numa boa, uma série de micro-organismos.
Resultado: Sim, é possível adquirir doenças sexualmente transmissíveis pela boca. De herpes e mononucleose às mais perigosas, como HPV, sífilis, gonorreia e AIDS.
Como evitar o contágio?! Fazendo sexo seguro.
A camisinha, feminina ou masculina, não pode ser esquecida durante a prática do sexo oral. Há inclusive preservativos com sabor, que podem deixar o sexo oral mais seguro e divertido. No caso das mulheres, outro recurso para evitar o contágio é o uso de papel-filme – sim, aquele que serve para embrulhar alimentos na cozinha.
Sexo sem preservativo, só com parceiro fixo e no qual se confia – e, mesmo assim, vamos ser claros, os riscos só são descartados para valer quando os dois estão em dia com o check-up, seguros de que não têm nenhuma doença.
E depois de usar a camisinha para o sexo oral, ela não pode ser reaproveitada para a penetração, pois a saliva e os dentes podem ter danificado a borracha e isso nem sempre é visível. Use outra para continuar a brincadeira! E boas festas…
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