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Abra a Boca!

por Fábio Bibancos

Perfil Fábio Bibancos é dentista e presidente da OSCIP Turma do Bem

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Os melhores blogs de 2013: Tudo por uma varanda gourmet

Por Fábio Bibancos
06/01/14 13:30

O hype do momento na arquitetura paulista são as varandas gourmet. Todo apartamento de “alto padrão” que se preze precisa ter uma dessas. Eu, particularmente, acho um horror esse tipo de coisa. Sempre que vejo uma churrasqueira dentro de um apartamento me imagino deitado numa almofada que cheira a linguiça… aff! Entretanto, tem gente que gosta! Tudo bem…

O que me espanta é ver que quase todas essas varandas são cercadas, ou por vidros, ou por outro material qualquer que integre o local ao restante da casa… Se, por um acaso, o fogo da churrasqueira se alastrar, o que fazer?!

Por curiosidade liguei para uma empresa dona de um empreendimento desses. Fingi interesse em um dos apartamentos disponíveis só para saber se a tal varanda já vem fechada na compra. O projeto prevê que o local fique aberto, arejado…

Perguntei, então, se a empresa poderia fechar o local, caso eu quisesse. A informação que tive: não. Mas, eu podia esperar o “habite-se” sair e pagar para uma empresa fechar para mim. Afinal, todos os condôminos já tomaram tal medida.

Acontece que a lei 13.885/2004, de Uso e Ocupação de Solo, prevê um coeficiente de aproveitamento para cada construção. Este cálculo varia de lugar para lugar, dependendo de onde o empreendimento é construído. E quando a varanda possui área de 1/3 do apartamento, ela não entra no cálculo deste coeficiente.

Aí que está a jogada. Os donos do empreendimento podem lucrar mais construindo vários minúsculos apartamentos, que são recompensados depois, com a extensão da varanda, que acaba virando mais um cômodo, fechado pelo comprador após a aquisição.

Alguns empreendimentos até oferecem os vidros para as varandas e ainda colocam o nome de acessório, assim podem vendê-los a parte.

Por exemplo: quem resolve comprar uma bela vista para o mar, recebe o apartamento com uma varanda gigantesca aberta, conforme a lei. Nestes casos, a sala costuma ser pequena. Ao fechar a “área externa”, a varanda passa a ser integrada à sala, aumentando o coeficiente de ocupação do apartamento…

Agora vem a pergunta: os empreendimentos alertam os moradores dessa manobra?!

Duvido muito disso… e a legislação para a certificação de um imóvel é tão confusa que muito provavelmente metade da população não saiba o que é preciso ser feito para consegui-la…

Acontece. No Brasil, a lei força a ilegalidade… e os agentes da lei forçam a corrupção…

Um dia a sorte pode falhar. A multa pela alteração de um projeto que já estava aprovado e passa a ficar ilegal pode variar entre 10 e 15 mil reais e comprometer a licença da edificação inteira. A culpa será de quem?!

E se pegar fogo?

Ah, acho que eu to muito chato… o povo quer mesmo é bater uma picanha dentro de casa.

 

Este post foi originalmente publicado 14/02/2013.

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Querido Papai Noel

Por Fábio Bibancos
24/12/13 13:30

Querido Papai Noel,

Primeiramente, desculpe mandar esta carta tão em cima da hora. É que eu tive um ano do cão e não consegui mandar antes

Eu sei que eu não fui um bom menino este ano: não segui muito a ordem e quebrei algumas regras. Além disso, não consegui ficar o tempo que gostaria com a minha família, não cumpri algumas promessas e, ainda por cima, magoei alguma pessoas que amo.

2013 foi difícil. Ganhei umas rugas novas e tive que mandar à merda uma meia dúzia de pessoas (desculpe o palavrão, Sr. Noel, mas eu não posso mentir para você). Aliás, para ser bem sincero, eu poderia ter mandando à merda muito mais gente, mas na hora não tive coragem ou oportunidade de fazer.

E já que estamos falando a verdade aqui, eu menti muitas vezes, tive acessos de raiva com pessoas que não tinham a menor culpa e ainda fingi que estava ocupado só para não atender umas pessoas chatas que vieram me procurar. Aliás, muito pior, Sr. Noel, eu fingi que o celular tocou só para sair de perto de algumas pessoas. Juro.

Eu podia ter lido mais, visto mais filmes, ficado mais tempo na cama, viajado com os meus amigos a lazer, dado mais risada… mas enfim, passou. Não vou ficar me lamentando para você, que já deve estar de saco cheio (não aguentei o trocadilho).

2013 também foi um ano que consegui algumas coisas. Pensando bem, muito mais do que tinha imaginado que conseguiria.

Mesmo assim, gostaria de pedir um presente, na verdade três. Ou melhor, quatro.

1 – Que toda criança que você visite este ano no mundo nunca precise ir ao um dentista porque está com dor e, se precisar, que tenha condições de pagar.

2 – Que todo dentista nunca se esqueça da verdadeira missão da odontologia.

3 – Uma casa de praia para eu viajar mais com meus amigos.

4 – Mais um dia na semana para eu ficar só com o meu filho.

Obrigado e bom trabalho neste Natal.

PS: Estarei desconectado até o dia 06 de janeiro. Até lá e boas festas…

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A melhor definição de amor vem de uma menina de cinco anos

Por Fábio Bibancos
23/12/13 13:30

Uma das grandes surpresas do ano para mim foi o livro “Casa de las estrellas, el universo contado por los niños”, do colombiano Javier Naranjo. Na verdade, o livro é de 1999, mas foi relançado com um estrondoso sucesso na Feira Internacional do Livro em Bogotá. Nele, você encontra 500 definições de crianças para 133 palavras que foram recolhidas por 10 anos entre alunos de várias escolas que o professor trabalhou.

No dicionário, por exemplo, adulto é uma “pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si” e camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos”.

O livro nos faz refletir sobre como nós, adultos, esquecemos dos significados das coisas, e no limite, da vida.

Lembrei disso tudo porque esta semana a minha amiga Angela Dip me mandou a definição de amor de uma criança de cinco anos. Ela não faz parte do livro, mas bem que poderia:

Sem título

Machado de Assis um dia disse que “a melhor definição de amor não vale um beijo”.

Pois eu acho que esta, se não vale um beijo, vale um sorriso.

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A odontologia na Fundação CASA (ou Estamos melhores que a Suécia)

Por Fábio Bibancos
20/12/13 13:30

Dia desses eu abri o site da Folha e encontrei a seguinte notícia: “Um homem fugiu do presídio onde estava preso, no sudoeste da Suécia, para tratar uma crise de dor de dente (…)”. (Clique aqui para ler na íntegra)

Achei curioso… e, claro, fiquei pensando: se na Suécia um cara precisa fugir do presídio para ter tratamento odontológico, imagina como não deve ser no Brasil?!

Eu e minha equipe fomos atrás de informações sobre a tal da Odontologia Carcerária – como o atendimento aos detentos é chamado no Brasil. E o que encontramos não foi muito animador. A área sofre das mesmas deficiências de todo o sistema penitenciário brasileiro: falta de infraestrutura adequada, falta de mão de obra especializada, excesso de demanda (superpopulação) etc.

Resolvemos, então, entrar em contato com alguém do meio. Pra entender direito a coisa toda. No pula-pula, chegamos à Dra. Ana Amélia Barbieri, dentista da Superintendência de Saúde da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) – o equivalente à antiga FEBEM.

Segundo a Dra. Ana, em todas as unidades da Fundação, os jovens têm acesso a tratamentos odontológicos… mais especificamente, à atenção básica – o que inclui restaurações, profilaxia simples, tratamentos de cárie e educação para saúde. Como se as unidades da instituição fossem pequenas UBSs do SUS. Todo mundo também têm acesso ao kit de higiene.

Quando o jovem é internado, ele passa por uma avaliação… um exame clínico. Se nenhuma intervenção for necessária ele recebe profilaxia, aplicação de flúor e aprende as técnicas de higienização. Caso contrário, ele passa a receber atendimentos regulares agendados (o mesmo acontece quando as auxiliares de enfermagem das unidades recebem queixas dos internos).

As consultas são realizadas nas próprias unidades, ou em ambulatórios construídos próximos a elas. Os consultórios são formados por cadeira odontológica, fotopolimerizador (utilizado nas restaurações), amalgamador capsular (para restauração/tratamento de cárie), autoclave (para esterilização), aparelho de profilaxia e ultrassom. Raios-X são exclusividade de algumas unidades de referência.

Caso haja necessidade de alguma especialidade (endodontia, ortodontia, tratamento periodontal de maior complexidade etc.), os jovens entram na fila de espera dos CEOs (Centro de Especialidades Odontológicas, mantidos pelos governos municipais).

Ao todo são 57 dentistas funcionários na instituição, cada um deles trabalhando 20 horas semanais e atendendo a uma demanda de até 180 adolescentes – “estamos sempre abaixo desse marco”. (Além deles, nas unidades em que a gestão é compartilhada com ONGs – como a Pastoral do Menor e a Pastoral Carcerária, por exemplo –, o tratamento é de responsabilidade dos parceiros). O número de consultórios e de dentistas depende da demanda de cada unidade.

A superintendência acompanha os atendimentos através das estatísticas de saúde, além de comprar materiais e equipamentos… e claro, gerenciar a sua manutenção.

Ainda segundo a Dra. Ana, a demanda é totalmente atendida e quase inexistem queixas sobre o atendimento odontológico. E se ela pudesse melhorar qualquer coisa da atual estrutura de atendimento, a resposta seria “aumentar educação em saúde”.

Ou seja, se o sueco lá de cima fosse um menor paulista, a história seria outra. Por isso, após a entrevista eu pensei em fazer meu tratamento odontológico na Fundação CASA.

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Imbra e o grande calote

Por Fábio Bibancos
19/12/13 13:30

Vocês se lembram da Imbra?!


A Imbra foi uma das maiores cadeias de clínicas odontológicas do Brasil. E quando apareceu, em 2006, estava em todos os lugares… Era propaganda atrás de propaganda na televisão. Sempre com a promessa de tratamento de excelência a preço acessível. Resultado: muita gente achou que valia a pena arriscar! MUITA GENTE…

Funcionava assim: havia um orçamentista, que vendia tratamentos, e os profissionais (dentistas), que ganhavam por produção. Ou seja, quanto mais implantes e tratamentos complexos eles vendessem, mais lucravam – uma linha de produção odontológica!

Em outubro de 2010, a Imbra decretou falência… deixando uma dívida de mais de R$ 221 milhões, cerca de 25 mil pessoas sem atendimento e 2 mil funcionários sem pagamento – na época eles já deviam quase R$ 3 milhões em direitos trabalhistas!

Três anos depois eu me peguei pensando: E as pessoas que pagaram e não tiveram tratamento? E a dívida? Quem vai ser responsabilizado?

Ainda hoje há processos rolando contra a empresa – de pacientes (e grupos de pacientes) lesados e de todos os estados onde a Imbra operou. E até agora, muito pouca justiça foi feita.

Pesquisando sobre o assunto no Google, achei um grupo de discussão com o nome: “Fui lesado pela Imbra”.

Curioso, entrei em contato com uma dos participantes. D. (vou chamá-la assim). A sua história resume bem o que aconteceu – e em que pé andam os processos.

D. entregou diversos cheques pré-datados, num total de R$ 32 mil, pra fazer um tratamento completo de implante dentário. A primeira parte saiu conforme combinado. Entretanto, quando voltou para finalizar o tratamento, as portas da Imbra estavam fechadas. Ninguém atendia aos telefones, não havia nenhuma forma de contato…

Ela sustou os cheques pré-datados que não tinham sido depositados e pagou outro dentista pra terminar o trabalho. Mas como já havia perdido dinheiro, tudo ficou muito caro e ela só conseguiu colocar algumas próteses. Ou seja, ela perdeu os dentes e o dinheiro (algo em torno de R$15 mil).

E para piorar, o nome dela ainda ficou sujo na praça. É isso mesmo: a “dívida” dela foi passada pro Banco Cacique (a lei brasileira permite esse tipo de absurdo), que colocou seu nome no SPC, Serasa e afins… por um tratamento que não foi completado!!!!

Junto com um grupo de outras pessoas na mesma situação, D. procurou o CRO aqui em São Paulo e nem foi recebida. Tentou falar com a imprensa, mas o barulho já tinha passado e o caso “não era mais pauta”. Procurou advogado, mas não havia endereço ou nomes dos responsáveis para fazer um protesto.

E três anos depois, tudo continua na mesma… E ainda continuam existindo essas clínicas de televisão. CUIDADO!

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Dúvidas Odontológicas: Vamos falar sobre Sexo – e Boca!

Por Fábio Bibancos
18/12/13 13:30

Eu sempre recebo um monte de perguntas dos leitores deste blog. Gente com dúvidas “odontológicas”: qual escova usar, qual pasta usar, qual tratamento é o mais indicado para determinado problema, qual o preço de um clareamento etc. etc. etc. E quase que espontaneamente eu as respondo – uma por uma.

Entretanto, tem tanta pergunta que se repete que a partir de agora eu vou passar a respondê-las abertamente. Afinal, a dúvida de uns é, com certeza, a dúvida de muitos.

E para começar com o pé direito, vamos falar sobre sexo! Desconfio que a proximidade do verão e, claro, das festas de fim de ano (entre elas, a tradicional “festa da firma”), ouricem os hormônios brasileiros. Não sei se há um estudo sobre o tema, mas tenho a impressão de que as pessoas transam mais nessa época do ano. Rs. Talvez por isso, a minha caixa de email esteja tão cheia de dúvidas sobre o assunto.

Vamos lá!

 É possível pegar alguma DST através da boca? (M. A., São Paulo/SP)

A boca é definitivamente um órgão sexual – alguém é capaz de negar essa informação?! E como os genitais e o ânus, ela também é revestida de uma mucosa.

Daí, quando entra em contato com os demais órgão sexuais, localizados em hemisférios distantes, é possível que ocorra a transmissão de vírus e micro-organismos causadores de doenças. Claro, se nesse “encontro de mucosas” houver alguma secreção contaminada (esperma, líquido vaginal, saliva etc.).

O incrível é que para que esse contágio aconteça não é preciso, obrigatoriamente, que haja feridas na boca. As mucosas têm uma enorme capacidade de absorção, podendo sorver para dentro, numa boa, uma série de micro-organismos.

Resultado: Sim, é possível adquirir doenças sexualmente transmissíveis pela boca. De herpes e mononucleose às mais perigosas, como HPV, sífilis, gonorreia e AIDS.

Como evitar o contágio?! Fazendo sexo seguro.

A camisinha, feminina ou masculina, não pode ser esquecida durante a prática do sexo oral. Há inclusive preservativos com sabor, que podem deixar o sexo oral mais seguro e divertido. No caso das mulheres, outro recurso para evitar o contágio é o uso de papel-filme – sim, aquele que serve para embrulhar alimentos na cozinha.

Sexo sem preservativo, só com parceiro fixo e no qual se confia – e, mesmo assim, vamos ser claros, os riscos só são descartados para valer quando os dois estão em dia com o check-up, seguros de que não têm nenhuma doença.

E depois de usar a camisinha para o sexo oral, ela não pode ser reaproveitada para a penetração, pois a saliva e os dentes podem ter danificado a borracha e isso nem sempre é visível. Use outra para continuar a brincadeira! E boas festas…

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Banguelas... mas de aparelho!

Por Fábio Bibancos
17/12/13 13:21

“Boca de lata”, “sorriso com grade”, “boca de arame farpado”, “freio de burro”… Não faz muito tempo, usar aparelho dentário era o terror de qualquer adolescente – “coisa de nerd”! Hoje, no entanto, a realidade é outra. O aparelho se tornou um símbolo de status. Um diferencial. Principalmente entre a população mais pobre.

Aí começou um fenômeno bizarro. O tratamento ortodôntico é caro – como todo procedimento odontológico, diga-se de passagem. Para se ter ideia, por mais que nas clínicas populares a instalação do aparelho seja gratuita, a sua manutenção custa, em média, R$ 80 mensais – o que multiplicado pelos anos de tratamento significa um gasto de alguns milhares de reais. Como entrar na moda sem esse dinheiro?

A resposta foram os aparelhos falsos… colocados na boca apenas para fins estéticos. Resultado: milhares de pessoas “se especializaram” no atendimento dessa demanda. A esmagadora maioria, não dentista… gente sem a mínima formação necessária para realizar intervenções ortodônticas – fato que a reportagem publicada no site do Diário de Pernambuco ilustra com rara felicidade (clique aqui par ler).

Na TdB, nós já vínhamos percebendo essa tendência há algum tempo. Nossas triagens estão cada vez mais recheadas de jovens com aparelhos falsos. O que é um perigo, pois pode causar inúmeros problemas odontológicos, como cárie, gengivite, acúmulo de tártaro, fraturas dentais, perda de dentes, mau hálito etc. etc. etc. E pior, complicações ainda mais graves: como as que ocasionaram a morte de duas jovens na Tailândia (clique aqui para ler).

Agora, deixando o “odontologismo” de lado, além de um claro problema de saúde pública, o uso estético dos aparelhos é um incrível retrato de como a odontologia é vista no Brasil: um objeto de desejo, sonho de consumo… artigo de luxo, que diferencia os pobres do ricos.

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Dentistas criminosos

Por Fábio Bibancos
16/12/13 13:30

Abro o jornal dia desses e leio:

“DENTISTA É PRESO AO VENDER ECSTASY A UNIVERSITÁRIOS”

Como?? Vou buscar ocorrências semelhantes no Google e acho, SÓ NESTE ANO:

“POLÍCIA INDICIA DENTISTA SUSPEITO DE DOPAR E ESTUPRAR PACIENTES NO RIO” (Rio de Janeiro)

“DENTISTA É ACUSADO DE TENTAR MATAR EX-MULHER” (Cascavel/PR)

“DENTISTA É PRESO ACUSADO DE ALICIAR MENOR DE 14 ANOS” (Rio Branco/AC)

“DENTISTA É PRESO ACUSADO DE VENDER MAIS DE 1500 ATESTADOS MÉDICOS” (Rio Verde/GO)

“DENTISTA ACUSADO DE MATAR EX-MULHER E BABÁ FOGE DA CADEIA” (Santo Antônio da Platina/PR)

“DENTISTA É ACUSADO DE TENTAR ABUSAR DE JOVEM DURANTE TRATAMENTO” (Várzea Grande/MT)

(E se procurar, há muitos mais)

OI??! COMO ASSIM?? Fiquei perplexo. O que está acontecendo pra que tantos dentistas tenham virado criminosos?

Uma corrente de pensamento relaciona a criminalidade à falta de acesso educacional.  Bem, essas pessoas tiveram acesso à educação, têm formação superior. É uma falha da educação? Ou isso vem da família?

Sei que há milhões de variáveis, e esse é um blog cheio de interrogações porque eu não tô entendendo nada…

O que você acha que está acontecendo??

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Empatamos com a Venezuela! (E não foi no futebol)

Por Fábio Bibancos
13/12/13 13:30

Brasil, meu Brasil brasileiro… Quantas poesias já versaram sobre tuas belezas, quantas lindas canções embalaram o teu gingado único, quantos estrangeiros conheceram tuas praias e nunca mais quiseram voltar?

Somos o país das praias democráticas, onde pobre, rico, preto, amarelo, sertanejo, patricinha e roqueiro dividem o mesmo espaço. O país do carnaval, tempo em que todo mundo é feliz e comemora a brasilidade, essa coisa única, difícil de colocar em palavras, que encanta o mundo.  Do filósofo francês Jean-Paul Sartre ao cantor sul-coreano de um apenas um hit Psy, a lista de apaixonados por nosso país é longa.

Em 2011, a  CNN elegeu o Brasil como o “Povo mais legal” do mundo, à frente de turcos, japoneses, chineses, belgas, espanhóis e norte-americanos. Além do samba, natureza, futebol e pessoas bonitas, foram citados a simpatia e a verve acolhedora do nosso povo para justificar a eleição. O descolado guia Lonely Planet elegeu o Brasil como o melhor país do mundo a ser visitado em 2014. Somos realmente incríveis!

Mas eis que há alguns dias, abro o jornal e leio: “Brasil cai 8 posições em ranking global e é o país menos solidário da América Latina”.

Como assim, gente? Então, agora, nosso país passou da 83ª posição para a 91ª no ranking mundial do “World Giving Index 2013 – Uma visão global das tendências de doação”, publicado semana passada e considerado o mais abrangente do mundo. Estamos lado a lado com a Venezuela nessa avaliação. Parece que não somos tão incríveis assim.

É bastante estranho que um país conhecido por sua amabilidade, alegria e espírito acolhedor seja cada vez menos solidário no momento econômico mais favorável da sua história. No país do carnaval e da praia “democrática” (termo colocado em dúvida nesse artigo aqui), se doa cada vez menos a instituições, não se ajuda desconhecidos e o voluntariado continua sendo coisa de loucos.

Fiquei bastante confuso e decepcionado com essa notícia. Por ser brasileiro e, principalmente, por trabalhar todos os dias com uma causa social. Por isso, sei: o que precisamos, cada vez mais, é solidariedade nesse país. Não como forma de ajudar quem mais precisa, mas como meio de vida.

Gostei da coluna do Jairo Marques na semana passada aqui na Folha. Falando sobre o mesmo assunto, ele termina o texto escrevendo: “(A felicidade) precisa e exige o dois, o dez, os 10 milhões para reverberar, para se multiplicar e se fortalecer. A felicidade é solidária”.

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Ah, o espírito natalino!

Por Fábio Bibancos
12/12/13 13:39

Eu já amei o Natal – a festa, a ceia, o amigo secreto, a reunião de família, as compras, as luzinhas, os enfeites… Na verdade, em algum lugar do passado eu cheguei até a comprar roupas especiais para usar na data.

Mandava cartões, dava gorjetas para os entregadores e panetones para os porteiros. Amava ver meus amigos de porre no final do ano – e, principalmente, ficar sabendo quem transou com quem no fim da festa.

Adorava abrir os pacotes, ganhar champanhes… Gostava também de escolher presentes, pensar em qual seria mais impactante – e deixaria mais feliz as pessoas que mais amava!

Hoje, isso mudou. O “Espírito do Natal” me causa arrepios. E não sei se fiquei velho, se perdi o bonde… se é porque um tanto da família se foi… Se é porque não sou mais casado ou porque meu filho não é mais criança. A única coisa que eu tenho certeza é que este é o período mais desesperador do ano!

Quero que ele passe logo, que acabe… E por mais que eu me esforce com os textos de apoio (sobre consumo, fé, falta de Deus, é apenas uma data etc.), essa energia natalina me faz um mal tremendo.

Todos os anos eu juro que vou viajar na data pra não sentir isso… Me obrigo a não sentir isso… Prometo que no próximo ano vai ser diferente – que estarei mais maduro neste sentimento bobo…

Escrevi esse blog no ultimo sábado, e ele parava por aqui , tudo me parecia bastante certo……… Até que ontem passei no Ibirapuera e vi aquelas milhares de luzinhas nas árvores aquilo me emocionou profundamente e diagnostiquei, então, minha angústia: o que eu tenho é saudades, saudades, saudades…

Pra quem fica feliz no Natal, aproveite; pra quem fica triste, tenha certeza nosso problema chama-se saudades… Já, já passa…

Feliz Natal!

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