Em quase 3 anos de blog, eu coloquei aqui as minhas angústias, meus medos, falhas, muitos “nãos” (pedidos de gente desesperada por um tratamento odontológico) e muitos “sim” também.

Foram mais ou menos 140 posts. Uns bons, outros menos, outros polêmicos. Alguns contando histórias de pessoas incríveis e casos inspiradores. Outros de casos que até hoje eu não entendo. Mas todos foram escritos com muito carinho, pelo espaço dedicado e por você, caro leitor. Pois é por sua causa que este espaço existiu. No final, o objetivo de estar aqui era mostrar que, sim, é possível fazer alguma coisa, por alguém, em algum lugar.

Eu gostaria de agradecer ao Sérgio Dávila, editor executivo da Folha de S.Paulo, que me convidou para participar deste espaço, e à família Frias, pelo carinho recebido. E a todos que me ajudaram de alguma forma escrever as minhas palavras sinceras.

E vou em frente, para uma nova história.

O que é isso? Greve? Manifestação trabalhista? Nada disso, esse movimento que vai acontecer no próximo 25 de março em mais de 270 cidades brasileiras, da América Latina e Portugal, é a Maior Triagem do Mundo, em parceria com a Oral-B. Nela, jovens que não tem acesso a um tratamento odontológico, irão ser triados para ganharem um dentista até completarem 18 anos de idade.

A Maior Triagem do Mundo já teve uma edição no ano passado e mais de 50 mil jovens foram triados, em 260 cidades. Este ano, o resultado e sucesso desta ação é ainda mais fundamental: a Turma do Bem – ONG que gerencia essa rede de dentistas voluntários, os dentistas do bem – tem um número expressivo de vagas abertas pelo país.

Por isso, caro leitor, se você souber de algum jovem está com dor e que precisa de um dentista, peça para ele ir a alguns destes locais, onde ocorrerão as megatriagens abertas ao grande público e espalhe esta notícia.

Brasília/DF
Centro De Ensino Médio Taguatinga Norte
QNC, Área Especial 01/03 – Taguatinga Norte/DF
das 09h às 17h

Bloco S da Universidade Católica de Brasília Taguatinga Sul
QS 07, Lote 01, EPCT – Taguatinga Sul/DF
das 09h às 17h

Curitiba/PR
ONG Um Lugar ao Sol
Rua Ernesto Germano Francisco Hannemann, 174 – Tatuquara
das 09h às 17h

Florianópolis/SC
EEB Lauro Muller
R. Rua Marechal Guilherme, 134 – Centro, Florianópolis – SC, 88015-000
8:30 AS 12:00; 13:30 AS 17:30

Macapá/AP
Escola Padre ângelo Biraghi
Av.Acésio Guedes S/N
das 8 às 18hrs

Manaus/AM
UNINORTE
Rua Jonatas Pedrosa, 1122 – Praça 14
das 14h às 22h

Niterói/RJ
Quadra Viradouro.
Avenida do Contorno, 16 – Praça do Barreto.
Horário: 14 as 18 horas

Rio de Janeiro/RJ
Quadra da Portela
Rua Clara Nunes, 81 Madureira
das 09h às 16 horas.

Passo Fundo/RS
Escola Municipal Romana Gobbi
Rua Roberto Silveira, 130
das 8h30 às 12h

Salvador/BA
Escola Santa Terezinha do Chame-Chame
End: Avenida Centenário, 0002A – Chame-Chame
das 9:00 às 17:00

São Paulo/SP
Turma do Bem
Rua Sousa Ramos, 311. Vila Mariana
das 09 às 16hrs

Clube Escola Vila Manchester
Praça Haroldo Daltro, s/n° – Vila Manchester
das 9 às 16 horas

Teresina/PI
Musica para Todos
Av Pedro Freitas, 145
das 8 as 17hrs

Para conhecer todas as cidades que participarão do evento, clique aqui.

Se a sua cidade não está participando, clique aqui e solicite uma triagem para a TdB. Nós entraremos em contato!

Olha, até devem existir dentistas que não são do bem, mas não porque estão de fora do nosso projeto. Lá atrás, quando criamos esse nome, a expressão até fazia algum sentido e tinha uma conotação diferente. Hoje, virou uma marca – como outra qualquer… Exemplo? O suco de caixinha “do bem”, que mesmo carregando esse nome, não obriga todas as outras marcas a serem “do mal”. Existe também a Pizza do Bem…. Até Natal do Bem vemos por aí (será que tem Natal do Mal?)…

E não é só isso… Muitas pessoas e jornalistas – tradicionalmente ligados à direita no espectro político (como se isso ainda existisse no Brasil) – estão se denominando “cidadãos de bem”. O que significa que respeitam as leis, pagam seus impostos, trabalham etc…  Foi a deixa para a turma do outro lado, à esquerda (?!), começar a ironizar a expressão.  “Se as manifestações atrapalham a rotina ‘dos cidadãos de bem’, prefiro ser um ‘cidadão de mal’”. Um papo de louco.

E aonde vamos com tudo isso? Em vez de discutirmos propostas para o Brasil, ficamos de mimimi se aqueles cidadãos são de bem ou não. Em vez de discutirmos projetos que poderiam mudar a odontologia no Brasil, alguns colegas ficam chateados por causa do nome de um projeto social.

Coisa chata!

Mas, enfim…. e com vocês, tudo bem? Ou tudo mal?

PS: Quando foi que “Mal” virou “Não do bem”? A praga do politicamente correto deixa as pessoas com medo de dizer o que pensam.

Pensando assim, nós devemos nos retirar em alguma estância de águas quentes no carnaval, passando as noites vendo televisão e tomando chá de boldo.

Será mesmo?

Gente cansativa existe em tudo que é profissão. E na véspera do Carnaval, aqui vai dois perfis de dentistas que de chato só tem a sola do pé. De tanto sambar.

A Claudia Wolfenberg, dentista e coordenadora voluntária da TdB, desfila há 13 anos na Imperador do Ipiranga de São Paulo. A escola, com base no bairro do Ipiranga (claro!) e ao lado da favela de Heliópolis, atende toda a comunidade local. Lá, ela já mostrou o seu gingado em todos os setores, de percussão à alegoria. E mais: os 3 filhos a acompanham, inclusive a mais velha que está grávida “mas que não perde, por nada deste mundo”.

Ela comenta “nós formamos uma ala muito legal ligada a uma outra ONG que ensina música para as pessoas da comunidade. Daí, virou uma ala cheia de família, de amigos, comunidade e da ONG”. E pergunta em seguida animada: “quer ir desfilar com a gente?”

Já a Hellen Mary, coordenadora do RJ, praticamente nasceu no meio de um desfile. Aos 8 anos ela foi levada para um ensaio da Portela, onde viu de perto a Clara Nunes. “Me apaixonei por ela na hora. Mulher forte, guerreira, linda… Eu comecei a imitar a Clara em tudo, foi por causa dela que entrei na Portela”.

Os anos passaram e ela nunca mais largou a escola que, segundo ela “é muito tradicional, respeita a velha guarda e o verdadeiro samba”. E em busca deste samba é que ela sempre desfila no chão, em uma das alas da comunidade. “Já desfilei em carros (alegóricos) mas não tem a mesma graça, eu gosto de ficar ali no meio, onde as pessoas te aplaudem e aplaudem a comunidade pelo esforço de um ano inteiro. Ali, na Marquês da Sapucaí é o povo que tá brilhando e sendo homenageado. Até tchauzinho da Madonna eu já recebi”.

Para quem acha que dentista é chatooooo, taí… Bom carnaval!!!

Ps – Estas duas eu tenho certeza que vão cair no samba. Se você é dentista e vai desfilar ou sambar por aí, manda uma foto pra gente no comunicacao@tdb.org.br

Resposta ao post “Congressos Odontológicos: Mitos e verdades!, veiculado no Blog “Abra a boca!

A APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas vem, respeitosamente, por meio deste espaço cedido pelo blog “Abra a boca”, expressar sua indignação com o post “Congressos Odontológicos: Mitos e verdades!”, assinado por Fábio Bibancos, em 04 de fevereiro de 2014, que, entre outros comentários infelizes e alguns falsos, afirmou: “Ah! Aqui vai mais uma verdade: A ganância de quem organiza…”

Os comentários do colunista beiram a hipocrisia. Como bem sabemos, hoje em dia é cada vez mais difícil ocorrerem reuniões, congressos e simpósios de Odontologia pelo mundo. Os custos de organização de tais eventos aumentaram consideravelmente e repercutem na participação das empresas, na participação de ministradores e nas inscrições dos profissionais, tornando praticamente impossível a participação de todos os interessados na permanente atualização do diagnóstico, atendimento e técnicas de tratamento e atualidades do mercado.

A tudo isto, há que se somar os gastos derivados das viagens, hotelaria, manutenção dos congressistas participantes etc., que repercutem, em muitas ocasiões, na indústria odontológica, como suporte cada vez mais habitual da formação continuada dos cirurgiões- dentistas, acadêmicos, bem como TPDs, ASBs, protéticos e outros profissionais ligados à área odontológica.

Chegar mais próximo do profissional de Odontologia é uma das expectativas mais esperadas de quem organiza o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP). Se conseguirmos proporcionar aos participantes a possibilidade de se atualizarem profissionalmente com investimento baixo, abastecer seu consultório com aquilo de mais atual no mundo com um preço abaixo do mercado ou simplesmente ter a oportunidade de rever técnicas e conhecimentos antigos, a missão estará cumprida.

A 32ª edição do CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, realizada de 30 de janeiro a 02 de fevereiro de 2014, dentro do Centro de Convenções e Exposições Expo Center Norte, com transporte gratuito de diversos pontos estratégicos da cidade de São Paulo, tornou-se uma realidade para profissionais da área, empresas, ministradores, acadêmicos, que veem no CIOSP uma oportunidade única de atualização, de negócio, entretenimento, networking, com acesso gratuito, e tendo como característica principal o ato voluntário, seja na adesão ou na própria participação.

Em uma área total de 19.467 m², divididos entre área comercial e institucional, tivemos um total de 335 ministradores, que promoveram 155 atividades científicas, com mais de 300 horas/aula durante os quatro dias de evento.

Além disso, foram 105.446 mil congressistas inscritos, sendo 71.916 Cirurgiões-Dentistas, que participaram de palestras, cursos e simpósios, e circularam durante os quatro dias de evento pelos corredores dos três pavilhões do Expo Center Norte, ocupados pela 17ª Feira Internacional de Odontologia de São Paulo (FIOSP).

A participação de países estrangeiros é crescente e este ano tivemos representantes e/ou ministradores dos E.U.A., Alemanha, Índia, França, Paquistão, Canadá, Itália, Suíça, Colômbia, Inglaterra, Holanda, Costa Rica, Argentina, Chile, Espanha, Japão, Suécia, Rússia, Bolívia, Bangladesh, Equador, Paraguai, Peru, México, Egito, Portugal, Uruguai, Reino Unido, Panamá, Líbano, Cuba, Polônia, Venezuela, Afeganistão, Taiwan, Guatemala, Honduras, Angola, Moçambique, República Dominicana, Irã, El Salvador, Israel, Porto Rico, Turquia, República Tcheca, Nigéria, Coréia, Arábia Saudita, Hungria, Dinamarca, Nicarágua, Gana e Cabo Verde, mostrando uma internacionalização do Congresso.

O 32° CIOSP também foi palco da Rodada Internacional de Negócios, realizada pela ABIMO em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em um estande no Expo Center Norte. A Apex-Brasil tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. Atualmente, a Apex-Brasil apoia mais de 12 mil empresas de 83 setores produtivos da economia brasileira, que exportam para mais de 200 mercados. A Agência também coordena os esforços de atração de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) para o País.

A Rodada de Negócios é uma ação estratégica do projeto Brazilian Health Devices, que trabalha para promover a indústria brasileira médica e odontológica internacionalmente e fomentar as exportações do setor. A ação teve como objetivo promover as exportações da indústria brasileira de equipamentos odontológicos por meio da aproximação entre empresas nacionais e estrangeiras interessadas em adquirir produtos brasileiros. Desta edição participaram compradores de 13 países: Austrália, Chile, Colômbia, Croácia, Espanha, EUA, Índia, Jordânia, Peru, Rússia, Suécia, Turquia e Venezuela.

Ao fim do evento, o resultado foi quase 300 mil dólares fechados durante as reuniões. A expectativa de geração de negócios futuros para os próximos 12 meses, decorrentes dos contatos realizados pelas empresas, é de US$ 4.888.000.

Para ilustrar com mais um exemplo real e não “achismos” e opiniões pessoais acerca da importância do CIOSP, que já faz parte do roteiro oficial da Cidade de São Paulo, esta última edição, sediou, pela primeira vez, o II Encontro do Programa Brasil Sorridente, promovido pelo Ministério da Saúde através da Coordenação Nacional de Saúde Bucal, que abriu as comemorações dos 10 anos deste programa, com a participação de profissionais da rede pública de municípios de todos os estados do Brasil. O encontro teve como objetivo reunir diversos profissionais envolvidos na construção da Política Pública de Saúde Bucal, como gestores dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Cirurgiões-Dentistas especialistas que atuam nos CEOs, visando interação, discussão, avaliação dos protocolos das práticas clínicas, e gestão das equipes de Saúde Bucal na Estratégia da Saúde da Família, e dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária, com foco nas ações desenvolvidas na atenção especializada, pautando-se na busca da efetivação da integralidade na atenção à saúde bucal.

O encontro foi direcionado exclusivamente para profissionais de toda a rede pública e com inscrições gratuitas para Auxiliares em Saúde Bucal, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Prótese Dentária, Técnicos em Prótese Dentária, Cirurgiões-Dentistas da Atenção Básica, dos Centros de Especialidades Odontológicas – CEOs e Hospitais, Gerentes de CEOs, Coordenadores Municipais e Estaduais de Saúde Bucal e gestores de serviços de saúde.

Sob o temário-geral “Unidos pelo sucesso da Odontologia”, o 32º CIOSP teve como objetivo destacar os diversos segmentos que contribuem diretamente para o exercício e crescimento da Odontologia, como as indústrias do setor odontológico, que contribuem com o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais, facilitando e dando cada vez mais qualidade ao trabalho dos profissionais; o ensino e a pesquisa, que proporcionam o conhecimento técnico-científico; a biossegurança, que sintetiza um conjunto de ações voltadas para a prevenção, proteção dos profissionais e pacientes, e que minimizam os riscos de acidentes de trabalho; as profissões de Técnico em Saúde Bucal (TSB), Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico em Prótese Dentária (TPD), que constituem a equipe multiprofissional que participa ativamente do sucesso do tratamento odontológico; e os programas governamentais, que ampliam o mercado de trabalho e garantem a assistência odontológica à população.

É importante ressaltar que o CIOSP é organizado e promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), uma entidade de classe com mais de 100 anos de história, tradição e credibilidade, que ocupa lugar de destaque no cenário da Odontologia mundial. Está representada em todo o Estado de São Paulo, por meio de suas 89 Regionais e 12 Núcleos, somando mais de 40 mil associados.

A atualização e o aperfeiçoamento profissional e científico de alto nível sempre foi um dos grandes objetivos da entidade. Não é à toa que possui a Escola de Aperfeiçoamento Profissional, com 60 anos dedicados ao ensino continuado em Odontologia, e sedia um dos maiores congressos do mundo, o CIOSP, realizado há mais de 50 anos.

O Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo – CIOSP, considerado um dos melhores e mais importantes da área no mundo, surgiu em 1957 como 1º Congresso Odontológico Paulista, idealizado pela APCD para reunir profissionais e instituições do setor. Depois, passou a ser chamado de Congresso Paulista de Odontologia. A partir de 1970, começou a ser realizado bienalmente, sem interrupção e, cada vez mais, com maior adesão da classe odontológica. Em 2001, por causa do tamanho sucesso, tradição e repercussão em níveis nacional e internacional, a entidade tornou o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP) anual. Hoje, é um dos eventos mais respeitados pela Odontologia mundial, que se supera a cada ano em qualidade e recorde de público.

Desde o início, o CIOSP tem proporcionado um encontro profissional e científico da mais alta qualidade. Em 2007, o Congressão – como é chamado carinhosamente pelos congressistas – chegou a sua 25ª edição, e comemorou seu Jubileu de Ouro, com 50 anos de história e sucesso. Em 2011, para comemorar 100 anos de história, a APCD trouxe uma proposta inovadora: o grande Congresso Internacional de Odontologia do Centenário, com o temário “Agregar para Crescer”. Em 2013, a entidade inovou mais uma vez e promoveu o CIOSP 2013 – I Congresso Interdisciplinar da APCD, com a apresentação de uma grade científica diferente de tudo o que já foi visto, ao agrupar as especialidades odontológicas em módulos científicos afins, para que o congressista pudesse escolher qual atividade gostaria de participar, de acordo com seu enfoque profissional, sem esquecer-se da abordagem interdisciplinar através de atividades arrojadas que permitem uma maior toca de experiências e discussão de ideias. Para 2014, o CIOSP continuou apostando neste modelo inovador e de tamanho sucesso de programação científica, e trouxe ainda mais elementos diferentes para proporcionar um evento único a cada congressista. Um deles foi o pacote chamado de “Módulo Imersão”, no qual o congressista pode adquirir um módulo completo de cursos (de três a quatro), por um valor único, com descontos que só o CIOSP oferece.

Tamanha tradição e qualidade são frutos de muito trabalho e dedicação de profissionais e Cirurgiões-Dentistas voluntários que fazem o evento. O CIOSP, como o maior congresso de Odontologia do mundo, tem o objetivo de atualizar seus participantes, promover um congraçamento único, a troca de experiências, o desenvolvimento do senso crítico dos especialistas e, ainda, oferece uma feira comercial que se posiciona entre as quatro que geram o maior volume de negócios em nível internacional.

É a APCD participando efetivamente do sucesso da Odontologia brasileira e internacional, com foco na atualização e aperfeiçoamento profissional, por meio dos eventos e cursos que promove com muito profissionalismo e reconhecimento do mercado odontológico, do meio acadêmico/científico e de todos os Cirurgiões-Dentistas.

Temos certeza que o 32° CIOSP conquistou seu objetivo junto ao Cirurgião-Dentista: aprimorar o seu networking, o ajudar a evoluir profissionalmente e, principalmente, a obter muito, muito sucesso. Felizmente, a maioria que estava ali realmente fez e faz jus ao temário escolhido para a edição: Todos unidos pelo sucesso da Odontologia!

Diretoria da APCD

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Faço minhas as palavras da mexicaninha, e trago a crítica para o Brasil: “Se é esse o futuro que me espera, eu não o quero. Chega de trabalhar para seus partidos, e não para o povo. Chega de tapar o sol com a peneira. (…) O tempo acabou. o México está cansado. Vão ficar de braços cruzados ou vão mudar o futuro do nosso país?”

O que você fazia quando tinha 20 e poucos anos e no meio de suas férias surgia um dia de sol, com um calor de “trocentos” graus?

Ontem eu me fiz essa pergunta quando vi o Felipe ficar a tarde toda enfurnado no escritório da TdB ajudando a equipe de comunicação da ONG a incrementar uma ferramenta de nosso site. Sério… estava um dia lindo e ele passou a tarde toda mexendo em planilhas, plugins, HTML… um monte de coisa chata. Só pela vontade de ajudar… Sem ganhar um tostão com isso.

Isso depois de ter passado, junto com as irmãs Bianca e Amanda (a última grávida de quatro meses e meio!!!!!), todo o final de semana no CIOSP, voluntariamente cadastrando novos dentistas do bem.

De onde vem esse valor? Essa vontade de ajudar?

A primeira resposta que me vem à cabeça: do sangue! Até porque ele é filho da Dra. Cláudia Wolfenberg, uma das melhores voluntárias do projeto Dentista do Bem. Mas será que é isso mesmo? Eu prefiro acreditar que esses valores são construídos com o tempo… Com o exemplo!

E isso sim é mudar o mundo. Afinal, (é meio clichê o que eu vou dizer, mas!!)… mais importante do que pensar em qual mundo nós queremos para nossos filhos, é refletir sobre quais são os filhos que nós estamos deixando para o mundo!

Desta minha reflexão de final de semana, levantei alguns mitos e verdades desse universo à parte que são os congressos.

Mito 1
Atualização Profissional. “Eu vou porque quero me atualizar das coisas que estão acontecendo na área”.

Desculpe, caro colega. Mas não existem publicações ou artigos suficientes que justifiquem que os congressos de grande porte aconteçam anualmente. Não vejo nada (nem revisões sistemáticas atualizadas) que proponha uma mudança de paradigma e atendimento na área. Nossos professores, pesquisadores e cientistas não conseguem desenvolver e validar uma nova técnica em 12 meses.

Além disso, o congresso não propõe espaços para discussões de verdade. E para piorar, não oferece sequer internet aos participantes (todos os congressos internacionais do mundo oferecem internet aos participantes… O mundo se conecta por ela).

Mito 2
Lançamentos comerciais das empresas. “Adoro ver as novidades do mercado”.

Novidades? Qual? As empresas, mesmo aquelas mais desesperadas por vendas, não têm sequer uma embalagem nova para mostrar. Simplesmente não há tempo hábil para desenvolver novos produtos testados e aprovados em menos de um ano.

Mesmo assim, elas (coitadas!) são quase obrigadas a participar. Afinal, não o fazer pega mal. Parece que eles não estão bem das pernas. Ou não ligam para o público. No fim, acabam pagando um custo muito alto para um retorno que… sei lá! E ninguém consegue romper com esse modelo falido, apresentar uma outra maneira de se relacionar com os dentistas.

Mito 3
Compras. “Aproveito essa época para comprar material mais barato”.

Essa é uma meia verdade. Hoje você pode comprar mais barato apresentando orçamentos e negociando por telefone e internet. E isso sem pagar 33 reais no estacionamento, sem arrastar sacolas pelos corredores lotados e sem ser queimado vivo no calor de 38 graus que apontava o termômetro (neste último CIOSP, o ar condicionado pifava todos os dias, às 17h, e ninguém sabia resolver).

Mito 4
Turminha. “Venho encontrar velhos amigos e colegas”.

Todos os colegas com mais de 10 anos de profissão sabem que para se atualizar é preciso fazer cursos menores, ao longo do ano, e em assuntos específicos. Portanto, ninguém que já está estabelecido, que consegue pagar o aluguel e as contas do mês, passará quatro dias ali dentro.

Quem vai então? A verdade.

Aqueles que têm interesses comerciais (isso me inclui); os que vão em busca de brindes (milhares) e os que vem pra farra (antigamente era mais animado, mas enfim…).

Agora, por que os grandes congressos acontecem anualmente e não a cada dois anos? Jura que precisamos mesmo de um deste todo ano?

Ah! Aqui vai mais uma verdade:
A ganância de quem organiza…

Tenho um irmão que é deficiente intelectual , ele teve meningite aos 2 meses de idade e tem um problema sério de gengivite, o que agrava é que ele tem muito medo de dentista e os dentes estão ficando mole, precisamos de ajuda com urgência ou ele vai perder os dentes, já tentei todos os caminhos indicados, no caso dele para tratamento será necessário internação e ninguém conhece quem pode fazer isso.

Esse é um pedido de uma pessoa desesperada.

Somos da Zona Oeste de SP – Osasco e fomos no AMA especialidades em Heliópolis varias vezes, lá eles atendem pessoas especiais que deixam mexer na boca e para o caso do meu irmão já estamos na fila de espera há mais de 03 anos sem sucesso, no mês passado ele fez 41 anos e estava chorando porque um dente ficou mole e caiu, ontem choramos muito porque a cada dia piora e não sabemos o que fazer.

Por favor, preciso de ajuda, talvez eu não consiga pagar toda a assistência mas consigo pelo menos uma parte juntando com toda a família , por favor, atendam o meu apelo.

Enviei em anexo a foto dele para vocês verem quem ele é e quanto ele é especial para nós, ele não sabe ler nem escrever e usa uma corrente com o nome e endereço porque ele já se perdeu uma vez.

Aguardo breves noticias.”

Quem acompanha o Abra a Boca sabe que, vira e mexe, eu publico aqui um pedido de tratamento odontológico que não conseguirei atender. Como esse de hoje.

Engana-se, no entanto, quem pensa que a razão disso seja encontrar um dentista leitor que ofereça ajuda. Pelo contrário. Eu divido os pedidos que recebo (e, consequentemente a minha aflição de dizer não) aqui com vocês, para mostrar que precisamos parar e nos perguntar: até quando?

Segundo dados oficiais, mais de 30 milhões de crianças nunca foram ao dentista! E se colocarmos nessa conta os outros milhões de pessoas (jovens, adultos, idosos) que passam a vida inteira com dores nos dentes, sofrendo as consequências disso, o número cresce exponencialmente! Imagine quantos dentistas voluntários seriam necessários para atender toda essa população que precisa! Todos?!

Não podemos nunca nos esquecer de que a saúde, inclusive a bucal, é um direito de todo mundo. Não dá mais para ver o acesso ao dentista como coisa de classe média ou classe privilegiada. Não dá mais para aceitar “estamos na fila de espera há mais de 03 anos sem sucesso” como algo normal.

Espero que Arthur Chioro, o novo Ministro da Saúde, com sua longa experiência de secretário de saúde e consultor de outras tantas secretarias, consiga melhorar (DE VERDADE!) esse cenário. Porque já está mais do que na hora de algo ser feito por quem deve fazê-lo.

Será??