Os melhores blogs de 2013: Para não levar gato por lebre
14/01/14 13:30Você já chegou na farmácia e o atendente te ofereceu um remédio diferente do que o médico prescreveu na receita, alegando que os dois eram iguais, só mudava o preço? Se sim, saiba que muito provavelmente ele foi pago para fazer isso.
Os laboratórios farmacêuticos possuem duas estratégias principais de divulgação de seus produtos. A primeira delas, que é a mais ética, diga-se de passagem, se baseia na visitação/relacionamento com os profissionais da saúde (com atenção quase exclusiva para os médicos). Desse modo, eles conseguem mostrar as qualidades dos medicamentos que produzem, fazendo com que estes profissionais passem a receitá-los a seus pacientes.
A segunda é bem diferente. Para economizar o dinheiro da visita aos médicos, há laboratórios que só trabalham com vendedores… os quais se relacionam apenas com as farmácias. Ai surge o “X” da questão: como fazer que um medicamento seja vendido se ele não é prescrito pelo médico? (Afinal, se ele não conhece um produto, não vai recomendá-lo a um paciente.)
A solução encontrada foi oferecer “incentivos” para os donos de farmácia (e balconistas de farmácia) empurrarem seus produtos para os consumidores finais. Ou seja: o médico te receita um remédio e o atendente te entrega um “similar”, dizendo que é mais barato. Em troca, ele leva “um por fora”. Um, que no final do mês se transforma em vários. Há pessoas que conseguem, mensalmente, R$ 5 mil de “bola”.
E como isso é possível?! Por não terem despesas de visitação, os laboratórios conseguem baixar o preço dos remédios, vendendo-os mais barato para os donos de farmácia… os quais conseguem uma liquidez maior na venda do produto… e repassam parte deste lucro para o funcionário que o vendeu.
Isso é conhecido como “bola”… e vamos entender…
Em primeiro lugar, a legislação proíbe a troca dos medicamentos prescritos em receituário. Entretanto, os órgãos competentes não conseguem fiscalizar com rigidez as mais de 70.000 farmácias que existem hoje no Brasil. Resultado: nem as receitas de remédios de venda controlada são exigidas. Um solo fértil para que esse tipo de fraude aconteça. E você acaba sendo vítima sem saber!
Depois, ficamos expostos a perigos. Não sabemos qual é qualidade do produto, tampouco a origem do que nos é empurrado (bem diferente do que foi recomendado pelo médico). E, pior ainda… há vezes em que os atendentes trocam o princípio ativo dos remédios. O que, no melhor dos mundos, não vai curar a doença… mas pode piorá-la (ou gerar outras).
Portanto, é bom ficar de olho! Afinal, levar gato por lebre aqui é mais perigoso do que parece…
Este post foi originalmente publicado 23/07/2013.
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Como sempre digo;esse é o nosso país.Falsificam tudo.
Eu acredito que os laboratórios estão perdendo a força para os distribuidores e que as farmácias em geral tendem a trabalhar com estoques mínimos. Portanto a estratégia de investir na força de vendas já está reduzido… O risco maior de comprar um genérico é alteração eventual do modelo de absorção da capsula que altera o aproveitamento do remédio. A diminuição da qualidade da matéria é um risco secundário…
Realmente não da para substituir algo que o médico prescreveu. A não ser quando ele mesmo prescreve algum medicamento similar. Atenção sempre!!!
Pois é, já enganado diversas vezes!!!
Devemos sempre ficar de olho…a saúde pode ser seriamente prejudicada!
É bom ficarmos atentos!
Ainda bem que eu raramente compro remédios, não apoio esse movimento de analgesia da dor.
Complicado, as pessoas fazem tudo por dinheiro e acabam esquecendo seus ideais…
Nossa, já fui muito enganada….
Infelizmente ainda encontramos isso em varias categorias medicas….