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Abra a Boca!

por Fábio Bibancos

Perfil Fábio Bibancos é dentista e presidente da OSCIP Turma do Bem

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Para não levar gato por lebre

Por Fábio Bibancos
23/07/13 13:30

Você já chegou na farmácia e o atendente te ofereceu um remédio diferente do que o médico prescreveu na receita, alegando que os dois eram iguais, só mudava o preço? Se sim, saiba que muito provavelmente ele foi pago para fazer isso.

Os laboratórios farmacêuticos possuem duas estratégias principais de divulgação de seus produtos. A primeira delas, que é a mais ética, diga-se de passagem, se baseia na visitação/relacionamento com os profissionais da saúde (com atenção quase exclusiva para os médicos). Desse modo, eles conseguem mostrar as qualidades dos medicamentos que produzem, fazendo com que estes profissionais passem a receitá-los a seus pacientes.

A segunda é bem diferente. Para economizar o dinheiro da visita aos médicos, há laboratórios que só trabalham com vendedores… os quais se relacionam apenas com as farmácias. Ai surge o “X” da questão: como fazer que um medicamento seja vendido se ele não é prescrito pelo médico? (Afinal, se ele não conhece um produto, não vai recomendá-lo a um paciente.)

A solução encontrada foi oferecer “incentivos” para os donos de farmácia (e balconistas de farmácia) empurrarem seus produtos para os consumidores finais. Ou seja: o médico te receita um remédio e o atendente te entrega um “similar”, dizendo que é mais barato. Em troca, ele leva “um por fora”. Um, que no final do mês se transforma em vários. Há pessoas que conseguem, mensalmente, R$ 5 mil de “bola”.

E como isso é possível?! Por não terem despesas de visitação, os laboratórios conseguem baixar o preço dos remédios, vendendo-os mais barato para os donos de farmácia… os quais conseguem uma liquidez maior na venda do produto… e repassam parte deste lucro para o funcionário que o vendeu.

Isso é conhecido como “bola”… e vamos entender…

Em primeiro lugar, a legislação proíbe a troca dos medicamentos prescritos em receituário. Entretanto, os órgãos competentes não conseguem fiscalizar com rigidez as mais de 70.000 farmácias que existem hoje no Brasil. Resultado: nem as receitas de remédios de venda controlada são exigidas. Um solo fértil para que esse tipo de fraude aconteça. E você acaba sendo vítima sem saber!

Depois, ficamos expostos a perigos. Não sabemos qual é qualidade do produto, tampouco a origem do que nos é empurrado (bem diferente do que foi recomendado pelo médico). E, pior ainda… há vezes em que os atendentes trocam o princípio ativo dos remédios. O que, no melhor dos mundos, não vai curar a doença… mas pode piorá-la (ou gerar outras).

Portanto, é bom ficar de olho! Afinal, levar gato por lebre aqui é mais perigoso do que parece…

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Comentários

  1. Gleyson Navarro comentou em 24/07/13 at 9:04

    RIDÍCULO!!!
    Pra ficar no campo das palavras aqui utilizáveis para classificar esta pseudo “matéria” do Sr. Fábio.
    O distinto cidadão escreve um termo que pra mim não existe: “mais ético”, caro doutor ou você é ético ou não é. Ética é que o senhor não teve ao atacar a minha classe, os FARMACÊUTICOS, que muitas vezes tem que ligar da drogaria em consultórios médicos e dentários pra auxiliá-los com prescrições erradas, pelo fato de estarem atrelados às companhias farmacêuticas.
    O Senhor se enganou por várias vezes durante seu texto, acredito que deveria se informar melhor sobre as RDC’s da ANVISA antes de espalhar asneiras por aí. Um medicamento, sendo genérico ou similar, deve ser aprovado pela ANVISA, que só o aprova depois da análise de várias comprovações de segurança e eficácia, além também das empresas terem que comprovar as Boas Práticas de Fabricação & Controle durante todo o processo de fabricação, verificadas pela ANVISA in loco.
    Se o senhor se refere a medicamentos falsificados, cabe ao senhor, se souber de alguma drogaria que o comercializa, denunciar à vigilância sanitária local é seu dever como cidadão e consumidor.
    Aprenda uma coisa todos os profissionais da área de saúde se trabalharem em conjunto podem melhorar e muito o tratamento oferecido ao paciente.

    Meu nome é Gleyson Navarro, sou farmacêutico formado pela UnB e trabalho com Assuntos Regulatórios relacionado à Regulação Sanitária de Empresas, Produtos para Saúde, Cosméticos e MEDICAMENTOS. Portanto, eu sei do que estou falando, diferente do senhor.

  2. Idivaldo comentou em 24/07/13 at 8:09

    Para ampliar a discussão Sr. Bibancos, é importante também escrever numa próxima matéria, que a enganação do consumidor começa nos consultórios onde os prescritores (médicos e dentistas, por ex. – e obviamente que não todos), quando deveriam proteger aquele que mais precisa (o paciente), na verdade engordam o caixa da indústria farmacêutica, prescrevendo o que não precisa; é claro que estes mal prescritores não fazem isso sem levar um agrado (também conhecido como propina). Não somente nós sabemos dessa triste realidade mas também a OMS e nada é feito. Segundo a OMS 50% dos medicamentos consumidos no mundo são PRESCRITOS e destes 50% mal utilizados.

    • Idivaldo comentou em 24/07/13 at 8:13

      …consumidos no mundo são PRESCRITOS ERRADAMENTE e destes 50% mal utilizados.

  3. Idivaldo comentou em 24/07/13 at 7:51

    A matéria que Fábio Bibancos escreve é belíssima, porém a FOLHA foi muito INFELIZ, ANTIÉTICA e DESELEGANTE ao colocar na chamada o nome do FARMACÊUTICO como o pivô das enganações nas drogarias deste país.

  4. Mario Silva comentou em 24/07/13 at 2:11

    Nada pessoal (nunca ouvi falar desse sujeito), mas o artigo é tão estapafúrdio, agressivo e DESINFORMANTE (você não leu errado: é desinformante, sim, e não desinformado), que quem está com cara de ter recebido “bola” é o cidadão que assinou esse panflet… digo, essa coluna.

  5. Virgilio Ribeiro comentou em 23/07/13 at 23:45

    A Pergunta é: É imoral o comportamento do balconista e bem verdade, mas também é imoral o comportamento dos médicos, funcionam também como repassadores de remédios de laboratórios, deveria isso sim ser proibido esse tipo de pratica, os laboratórios deveriam informar através de revistas especializadas os novos remédios sobre controle do Ministério da saúde e não vendedores batendo de porta em porta de médicos que ganham congressos, passagens, brindes e bolas.

  6. Rômulo comentou em 23/07/13 at 20:50

    Ridículo e não conhecedor do mercado farmacêutico… como a Folha deixa uma coisa dessas ser veiculada? E ainda não conhece a profissão farmacêutica… Ridículo!!!!!
    Só queria deixar essa: ” Não sabemos qual é qualidade do produto, tampouco a origem do que nos é empurrado (bem diferente do que foi recomendado pelo médico).”. Alguém diga, por favor, a esse infeliz o que é biodisponibilidade, porque ele não sabe. Ah, de onde vem? Pergunte ao ministério da saúde, porque ´´e este órgão que chancela os medicamentos, que possuem sais similares ou genéricos (que são sinônimos)…

  7. Marcelo Polacow comentou em 23/07/13 at 20:42

    Olá Fábio como conselheiro federal no CFF pelo Estado de São Paulo e ex-diretor do CRF-SP posso te dizer que essa é uma prática abominável e quase sempre acontece a revelia dos Farmacêuticos responsáveis pelo estabelecimento. Infelizmente no Brasil o as farmácias ainda são consideradas comércio e não establecimento de saúde como lutamos para ser há muitos anos. A fiscalização ética e a sanitária são extremamente necessárias para coibir práticas que prejudiquem a população, e até mesmo o código de defesa do consumidor deve ser acionado em casos de abuso. É importante alertar a população que se dê preferência a adquirir medicamentos em farmácias onde se conheça o farmacêutico e suas práticas de trabalho que sejam éticas. Posso te garantir que a maioria dos farmacêuticos são comprometidos com a saúde e bem estar da sociedade e apenas uma minoria deixa-se levar pelo dinheiro fácil ou disvirtuamento da profissão. Se desejar oficializar a denúncia da farmácia onde foi atendido fique a vontade que encaminharei para o CRF-SP e para a VISA do munícipio para as providências. Estarei encaminhando uma cópia deste texto do seu blog para os demais conselheiros federais para ciência e reflexão.

  8. Elvis comentou em 23/07/13 at 20:37

    O Dr. Bibancos poderia explicar para seus pacientes e leitores da Folha de São Paulo a Resolução da Diretoria Colegiada número 16 de 02 de março de 2007 em sua próxima coluna….

  9. Tom Luna comentou em 23/07/13 at 20:14

    O Farmacêutico , indiscutivelmente , é o único profissional que conhece o medicamento e sua mecanismo de ação ! Para acabar de vez com essa discussão apresento-lhes os medicamentos GENÉRICOS , alguns médicos prescrevem sem favorecer esse ou aquele laboratório !

  10. Josi comentou em 23/07/13 at 17:51

    Todos devem ficar atentos! Sou farmacêutica, fico atenta ao que compro e ao que minha família compra e se for preciso brigo por isso!
    Entretanto, NÃO SE DEVE GENERALIZAR! Em todo segmento existem bons e maus profissionais!
    A maioria dos que “empurram” similares nas pessoas não são os farmacêuticos, são proprietários e balconistas que estão preocupados apenas com o próprio bolso e não com a saúde do próximo.

  11. Nando Lima comentou em 23/07/13 at 17:44

    Profissionais não éticos existem em todas as áreas, o que temos que fazer é não alimentar isso de forma alguma, assim procedimentos como esses não persistem.

  12. Juliana comentou em 23/07/13 at 16:58

    Simplesmente vergonhoso….

  13. Fernando comentou em 23/07/13 at 16:49

    Remédio é coisa séria, você precisa seguir as recomendações médias e odontológicas…. abre o olho!!!

  14. Emerson comentou em 23/07/13 at 16:47

    Bons e maus profissionais existem até mesmo dentro do jornalismo, não é isso ?
    Funciona assim para todas as profissões. Não generalize. O bom farmacêutico certamente pensa sempre no melhor para cada caso.

  15. Alex Leite comentou em 23/07/13 at 16:42

    Já tenho uma certa desconfiança sobre as drogas receitadas por médicos, acredito que por ganharem em cima, sempre receitam além do necessário. Trocar essa receita por algo que o vendedor tentou te empurrar, já é absurdo.

  16. Hilário Rocha comentou em 23/07/13 at 16:34

    Tem que ter mt atenção mesmo.

  17. Juan comentou em 23/07/13 at 16:33

    Voy a estar más atento ahora!!!! Abrazos desde España Dr Fábio

  18. Flavia comentou em 23/07/13 at 16:33

    infelizmente alguns balconistas que tem essa prática!

  19. Sr. Nascimento comentou em 23/07/13 at 16:29

    Em vez do pessoal, da classe farmacêutica, comentar sobre a pratica de “levar um” que esta instalada nas farmacias (assim como em outras categorias) estes preferem defender acusasoes que nao foram ditas.
    Lamentavel….

    • Sr. Nascimento comentou em 23/07/13 at 16:47

      “acusações”, claro.

  20. Bia comentou em 23/07/13 at 15:59

    Vale lembrar que os médicos também são incentivados a prescrever para ganhar viagens e brindes, não são somente as farmácias que praticam a empurro-terapia, sou farmacêutica e sei como funciona, lamentável esse texto……………….

    • Sr. Nascimento comentou em 23/07/13 at 16:33

      Sim, existem empresas e medicos, que se aproveitam para ganhar viagens e dinheiro. O que eh antietico. Mas uma coisa, nao invalida, e muito menos justifica, a outra.
      Por que o “lamentavel esse texto” ?

  21. ricardo comentou em 23/07/13 at 15:54

    nunca prestei atenção quando compro um medicamento, daqui pra frente atençao total

  22. Saulo comentou em 23/07/13 at 15:46

    O médico é quem examina, faz p diagnóstico e conduz o tratamento. Portanto o artigo está correto e coerente. O médico é quem deve indicar e se responsabilizar pela escolha do medicamento!

  23. Mari TdB comentou em 23/07/13 at 15:39

    É preciso ficar de olho…

  24. marizete pereira vasconcelos comentou em 23/07/13 at 15:35

    O cidadão que diz um estapafúrdio deste demonstra o total desconhecimento do as
    sunto .Vá estudar doutor!

  25. Beatriz comentou em 23/07/13 at 15:09

    O artigo, não difícil de notar, foi escrito por um leigo no assunto. O profissional, formado em farmácia, tem sim, propriedade e conhecimento para indicar um medicamento. Nos EUA, por exemplo, o farmacêutico formado, pode receitar medicamento no balcão. Infelizmente no Brasil, existe a cultura de que o médico sabe tudo.

  26. Ana comentou em 23/07/13 at 14:49

    Gostaria de lembrar que não apenas farmacêuticos e balconistas ganham com a troca de medicamentos mas também médicos e dentistas. Quando algum funcionário desses laboratórios visita esses profissionais da saúde muitas vezes oferece benefícios como jantares, viagens pagas, comissões. Nós sabemos que muitos médicos e dentistas acabam prescrevendo medicamentos que nem conhecem só para lucrar com isso. Também gostaria de dizer que de acordo com a legislação vigente é possível trocar medicamentos prescritos por medicamentos genéricos. E por último gostaria de comentar que a receita de medicamento de venda controlada é exigida pela ANVISA, sendo que pouquíssimas farmácias burlam esse controle.

    • Jhonatas Mendonça comentou em 23/07/13 at 15:38

      A legislação permite que o medicamento seja trocado, desde que o médico receite o genérico. Quando o receituário contém um remédio de marca, isso não é permitido.

  27. Vinicius comentou em 23/07/13 at 14:31

    o título desse texto que estava na primeira página da Folha é NO MÍNIMO ofensivo “Não se deixe enganar
    pelo farmacêutico”. Sou Farmacêutico-Bioquímico formado pela USP e após 6 anos na faculdade (sim, o curso da USP tem 6 anos de duração), sinto-me DESREIPEITADO por esse título. Profissionais SEM ÉTICA existem em todas as categorias. E em segundo, está se confundindo balconisca, dono de farmácia e FARMACÊUTICO. LAMENTÁVEL!!!!!!!

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