Alguns dias após encaminharmos um novo beneficiário, entramos em contato com seus responsáveis para saber porque o jovem ainda não havia procurado o dentista. Um procedimento comum, previsto na dinâmica do projeto Dentista do Bem.

O extraordinário deste caso foi a reação da mãe: ela disse que não precisava de tratamento nenhum! Simples assim…

Ao verificarmos a ficha do jovem descobrimos que a história não era bem essa. A sua boca estava em estado de emergência. Completamente comprometida!

Oi?! Fiquei chocado com tudo isso…

Lá atrás, essa história de “dentista atendendo jovem de graça” só começou por uma aflição. Quando fazia palestras sobre prevenção de problemas odontológicos em escolas públicas, encontrava mães angustiadas por verem seus filhos com os dentes comprometidos… e sem a menor condição de lhes garantirem um tratamento digno: particular é muito caro e público é quase inexistente! Imaginei que poderia ser eu o pai de um filho com dor dente. Por isso comecei a me mexer. Porque não existe nada pior para um pai ou uma mãe do que ficar de mãos atadas, assistindo ao sofrimento de um rebento.

E é por isso que 14 mil dentistas também se mexeram: “para fazer pelos outros o que fariam por seus próprios filhos”, como está previsto nas missões da TdB.

O que fazer então quando a mãe de alguém que sofre de dor de dente diz que não precisa de um dentista?

Nossa reação instintiva foi pensar no Conselho Tutelar. Não dava pra aceitar a situação de braços cruzados!

Felizmente, as nossas assistentes sociais conseguiram convencer a mãe da importância do tratamento, antes que qualquer outro órgão intervisse… e o jovem já é assistido por um Dentista do Bem.

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