Qual a função de um conselho de classe?
16/01/13 13:30Navegando despretensiosamente pela internet me deparei com um post que me chamou a atenção: “Pagar R$391 para um conselho que mal funciona. É piada, né”.
Engana-se, no entanto, quem pensa que a reclamação foi destinada a algum conselho de odontologia… Longe disso. A pessoa estava indignada com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
Parece coisa do destino (e olha que eu não acredito muito nessas coisas!) encontrar isso na semana em que o debate entre os candidatos à diretoria do CROSP não sai da minha cabeça…
Estava tão imerso nas demandas dos conselhos de odontologia que acabei me esquecendo que em quase todas as classes as pessoas reclamam, invariavelmente, de seus órgãos reguladores/representantes. É assim com a odontologia… com a arquitetura… com a engenharia… A reclamação recorrente: “a anuidade é muito cara e eles não fazem nada”.
Isso é um problema muito sério!
Contextualizando. Conselhos de classe são autarquias, órgãos administrativos de autorregulação. Ou seja, uma entidade formada por membros de uma categoria profissional que exercem influencia sobre os iguais (dentistas sobre dentistas, médicos sobre médicos etc.), dispondo sobre assuntos pertinentes à categoria (como por exemplo, a regulamentação profissional).
Para se manterem, os conselhos têm como principal fonte de receita taxas cobradas dos profissionais da classe que representam. E, com isso, gerenciam rendas milionárias. De verdade.
Para se ter uma ideia, o CREMESP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) tem uma arrecadação anual de quase R$ 85 milhões (clique aqui), com os médicos pagando anuidades de R$ 500…
Se considerarmos que os 76 mil dentistas paulistas pagam uma anuidade de, em média, R$ 400, o CROSP tem um orçamento superior a R$ 30 milhões.
É muito dinheiro para ser ignorado, como se não fosse problema nosso… Até porque o dinheiro é nosso! Assim como são nossos os “interesses” que eles dizem representar. É preciso fiscalizar… ficar em cima mesmo! Não adianta esperar que alguém faça algo por nós. Esse papel é nosso, dos “representados”.
E é isso que estamos propondo com o debate entre os candidatos ao CROSP, promovido em parceria com a Folha de S. Paulo. Queremos aproximar os dentistas de sua autarquia. E, desse modo, fazer com que todos percebamos que o conselho de classe é nosso, e não o contrário.
Mais absurda é a situação do CORECON-SP.
Não exerço a profissão de economista e a entidade não aceita a baixa da minha inscrição ! São R$ 400,00 por ano a troco de nada. Um roubo.
O.O nossa é muito dinheiro!!!!!. E sera que ele é bem utilizado…? acho que não em!
Esta mais do que na hora de haver uma mudança…
Dinheiro esse que, se bem utilizado for, conseguirá transformar a classe odontológica… elevá-la ao patamar que os dentistas realmente merecem!!
Nossa, é realmente MUITO dinheiro! Não fazia ideia…
Não fazia ideia que esses conselhos tinham um orçamento tãaaaaao grande. É urgente uma reforma de gestão destas autarquias.